Beto Acioli
DIÁLOGOS
1ª Edição
Roberto Flavio de Souza Acioli
Pernambuco
2015
Editoração: Roberto Flavio de
Souza Acioli
Diagramação: Beto Acioli
Capa/arte: Beto Acioli
Revisão: Ana Cynthia Acioly,
Beto Acioli e Carlos Marcos Faustino
TODOS
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Catalogação
na Publicação (CIP)
AC181d Acioli, Beto, 1965-
Diálogos / Ana Cynthia Acioly/ Beto
Acioli / Carlos Marcos Faustino. -- 1. ed. --
Recife : Roberto Flavio de Souza
Acioli, 2017
80p.;21cm.
ISBN 978-85-920319-7-8
1. Poesia brasileira. 2.Literatura
brasileira. I.Título
CDD:B869.1
CDU:821.134.3(81)
|
Índice para catálogo
sistemático:1. Poesia : literatura brasileira
869.1
DIÁLOGOS
Beto Acioli
com
Ana Cynthia Acioly & Carlos Marcos Faustino
Beto
Acioli
Recife
- Pernambuco - Brasil
Cel.
(81) 98577-3865
betoacioli@gmail.com
http://dialogosautoresdiversos.blogspot.com.br/
“Só
quero ser assassinado se for por mil girassóis atravessando em minhas retinas,
pelo menos morrerei iludido." (Airton Souza - Marabá/PA)
Com
girassóis nas retinas
Morrerei
muito enlevado
Por
jasmins asfixiado
Ah!
Flores que me fascinam
Que
nesta hora divina
Hão de
cobrir o meu leito
Iluminando
meu jeito
Clareando
meu semblante
Que
imaginem neste instante
Que
parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Eu bem que preferiria
nunca morrer de ilusão
pois nunca meu coração
na morte acreditaria
mas girassóis eu queria
cobrindo todo o meu peito
seria um manto perfeito
pr'uma morte muito elegante
Que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Se flores fossem as armas
Que d'um golpe de leveza
Minha vida fosse presa
Morreria com vivalma
Na beleza da flor, calma
Sem terminar os meus feitos
Deixando o pó do meu pleito.
Mas em asas radiantes
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
E ao
chegar doutro lado
São
Pedro com alegria
virá me
dizer bom dia
Nas
mãos um livro encapado
com
letras todo em dourado
vestido
em branco, perfeito
Vai
arrancar do meu peito
De mal,
de podre, o bastante
Que
imaginem neste instante
Que
parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Queria
que além das flores
houvesse
canto e poesia
um
cirandar com alegria
unindo
os meus amores.
Que não
houvesse plangores
só riso,
união, respeito
à ida
desse imperfeito
que
foi, da vida, um amante
que
imaginem neste instante
que
parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
No impasse d'um segundo
Viver ou ter falecido
Ser ou se ver perecido
Vi aqui rodar o mundo.
Me expectei moribundo
Entre luzes no meu peito.
Girassóis mil em meu leito
Morte e vida a jusante.
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
Estarei purificado
Pra poder voltar à Terra
Estarão à minha espera
os que houveram me amado?
Enxoval branco, engomado
Volto meio contrafeito
Mágoa existe no meu peito
Vou, volto, sou debutante
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Não
quero ser assassinado
por
nada nem por ninguém.
Viver é
o que me convém
mesmo
com o mundo virado.
Meu dia
já foi agendado
por
Deus que é Justo e Perfeito
e ao
homem não deu o direito
de
assassinar um semelhante...
Que
imaginem neste instante,
que
parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Nesse
mundo perambulo
Minha alma peregrina.
Em poemas, contos, sinas.
Nem por isso capitulo
A egos mortos e nulos.
Faço, refaço o malfeito,
Morro assim do meu jeito.
Por ter alma esperante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
Minha alma peregrina.
Em poemas, contos, sinas.
Nem por isso capitulo
A egos mortos e nulos.
Faço, refaço o malfeito,
Morro assim do meu jeito.
Por ter alma esperante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
De novo pronto pra luta
Certo é por o pé na estrada
Tornar linda a caminhada
Melhorar muito a conduta
Muito amor, pouca disputa
Ser somente um amuleto
Que só promova o aconchego
Pra quem ficar hesitante
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Que partirei satisfeito
essa é a certeza que tenho
deixar o mundo-cão ferrenho
sumir qual gás rarefeito
com o vácuo tentar um preito
flutuar pelo espaço errante
pousar numa estrela gigante
dos astros tirar proveito...
Que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Verbos,
vírgulas em versos,
Sumo arsenal dos poetas,
Como flores violetas,
Cobrirão meu ser diverso.
Branda cor do universo.
Descanso a dor do meu peito,
Repouso os meus conceitos.
Ainda que agonizante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
Sumo arsenal dos poetas,
Como flores violetas,
Cobrirão meu ser diverso.
Branda cor do universo.
Descanso a dor do meu peito,
Repouso os meus conceitos.
Ainda que agonizante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana
Cynthia Acioly)
Adeus
Oh! Doces quimeras
Estrelas
e pirilampos
Que compuseram
meu canto
Findou-se
o tempo de espera
Seguindo
pra outras terras
Deixo
pra trás os meus feitos
Refaçam
os seus conceitos
O meu
desejo é constante
Que
imaginem neste instante
Que
parti bem satisfeito
(Carlos Marcos Faustino)
Que chegue como regalo
a paz qu’eu desejo tanto
deixo aqui meu surdo canto
pra sempre, pro além, me calo.
Fundir-me-ei ao orvalho
impalpável e já refeito
e viverei d'um outro jeito
num plasma, à luz, rutilante...
que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Arrazoando a vida
Tão incerta, transviada,
Translúcida, desnudada,
Beijo a morte, destemida.
Iluminaturas idas,
Um desfecho bem aceito.
Rumo ao etéreo efeito,
Vida que chora distante.
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
Tão incerta, transviada,
Translúcida, desnudada,
Beijo a morte, destemida.
Iluminaturas idas,
Um desfecho bem aceito.
Rumo ao etéreo efeito,
Vida que chora distante.
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
Na vida
colhi do lodo
Pérolas,
flores, prazeres
O amor
de muitas mulheres
Afora
alguns engodos
Eu tive
o melhor em dobro
Por
isso é que me deleito
Venci!
Venci esse pleito
Neste
momento mutante
Que
imaginem nesse instante
Que
parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Deixo
pro mundo meus versos
provas
da minha existência
restos
da minha consciência
instalar-se-ão
no universo
meu
cerne será disperso
esse é
o Divino preceito
meu
caldo voltará aos leitos
dos
rios, mares e fontes...
que
imaginem neste instante
que
parti bem satisfeito.”
(Beto Acioli)
Do canto do passarinho,
Das asas da borboleta,
Dos prados a silhueta,
Vou adornar meu novelinho.
Degustando o bom vinho,
Neste caminho estreito,
Senda ao lugar perfeito,
Estarei bem confiante.
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
Das asas da borboleta,
Dos prados a silhueta,
Vou adornar meu novelinho.
Degustando o bom vinho,
Neste caminho estreito,
Senda ao lugar perfeito,
Estarei bem confiante.
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana Cynthia Acioly)
Sou de estrelas poeira
Sou notas duma canção
Sou versos que ao vento vão
Sou ondas que a praia beija
Em minha vida ligeira
Definições do meu jeito
Mesmo não sendo perfeito
Aos de coração pulsante
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
Sou notas duma canção
Sou versos que ao vento vão
Sou ondas que a praia beija
Em minha vida ligeira
Definições do meu jeito
Mesmo não sendo perfeito
Aos de coração pulsante
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.
(Carlos Marcos Faustino)
Que
esteja em meu epitáfio
num
majestoso poema
dizendo
valer a pena
passar
no terreno estágio...
é a
morte só um presságio
e
pr’outra vida fui eleito
aqui
cumpri o meu pleito
zarpei
tal qual um viajante...
que
imaginem neste instante
que
parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Brotem
hibiscos vermelhos,
Amarelos e rosados,
Muitos lírios azulados,
Flores que sejam espelho.
Rastros dos meus dias velhos.
Que nas contas dos meus feitos,
Haja amor, poesia, pleitos.
Pois que sou tão anelante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
Amarelos e rosados,
Muitos lírios azulados,
Flores que sejam espelho.
Rastros dos meus dias velhos.
Que nas contas dos meus feitos,
Haja amor, poesia, pleitos.
Pois que sou tão anelante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.
(Ana
Cynthia Acioly)
Quando
ao decesso sorvido
em paz estarei com a mente
sentir-me-ei qual semente
que eclode em jardins floridos...
partirei só arrependido
daquilo, por mim, não feito
arfando flores no peito
pr'alívio à dor lancinante...
que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
em paz estarei com a mente
sentir-me-ei qual semente
que eclode em jardins floridos...
partirei só arrependido
daquilo, por mim, não feito
arfando flores no peito
pr'alívio à dor lancinante...
que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito.
(Beto Acioli)
Que imaginem neste instante
que parti bem satisfeito
ao paraíso perfeito
aonde há vida abundante...
e sendo a morte essa ponte
uma porta pra renascença
levarei somente a crença
em viver um novo universo...
deixo pro mundo, em meus versos
provas da minha existência.
(Beto Acioli)
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito
Agora sou o primeiro
Mas espero confiante
que seja muito importante
Toda esta advertência
Depois de tanta evidência
Mesmo para os mais dispersos
Deixo pro mundo em meus versos
Provas de minha existência.
(Carlos Marcos Faustino)
Fios
dos cantos de mim
Descem
formando as rimas,
Qual
seiva viva e íntima.
Verso
ardores e confins.
Transpiro
os meus jasmins,
Cores
da minha essência.
Ecos em
frágil cadência,
E
enlevos controversos.
Deixo
pro mundo em meus versos,
Provas
da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly)
Enquanto
a vida prossegue
esqueço
que a morte existe
se
lembro não fico triste
não
ponho alegria em xeque.
Faço da
poesia prece
pra que
me traga a clemência
a paz,
a condescendência
e um ar
que me faça terso...
deixo
pro mundo em meus versos,
provas
da minha existência.
(Beto Acioli)
Ser valente, sorridente
Cavalheiro à moda antiga
Sair dos bailes da vida
Só pela porta da frente
Abraçar os oponentes
Tudo isso é sapiência
Que acalma a consciência
Meu pensamento é certo
Deixo pro mundo em meus versos
Provas de minha existência.
(Carlos Marcos Faustino)
Eu poeta vejo o mundo
Com os olhos eloquentes.
Tenho sopros inerentes
Aflora em meu submundo,
Poeta, sou vagamundo.
Gato em rente presença,
Vivo em tal efervescência,
Não escondo meus avessos.
Deixo pro mundo em meus versos,
Provas da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly)
Sei que
quando na viagem
não
poderei levar nada...
saudades
da minha amada
serão
só a minha bagagem.
Pra ela
deixo uma mensagem:
presente
estarei na ausência...
pra
provar minha benquerença
e o meu
amor incontroverso...
deixo
pro mundo em meus versos,
provas
da minha existência.
(Beto Acioli)
Em
poesias as sementes
deixarei
para que cresçam
pra que
nunca se esqueça
quem
cala é quem consente
por
isso estarei presente
tenho
muita consciência
eu luto
com sapiência
por
modos muitos, diversos
Deixo
pro mundo os meus versos
Provas
da minha existência
(Carlos Marcos Faustino)
No presente de quimeras
Canto meu canto calada,
Declamo rimas aladas
Preencho minhas crateras.
Esgoto espaços, deveras,
Com palavras e vivências,
Conto contos, divergências.
Este é o meu universo.
Deixo pro mundo em meus versos,
Provas da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly)
Deixo parte da minha vida
em pedaços de papel
no varal deixo um cordel
com minhas loucuras contidas
pra quando na minha partida
alguns possam ter ciência
que aqui marquei minha presença
deixando rastros diversos...
deixo pro mundo em meus versos
provas da minha existência.
(Beto Acioli)
Também
já fui um menino
Versejei em meus brinquedos
Fiz encanto dos meus medos
E tudo o que hoje assino
Lembranças que descortino
Meninice, adolescência
Com toda aquiescência
Sentimentos submersos
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.
Versejei em meus brinquedos
Fiz encanto dos meus medos
E tudo o que hoje assino
Lembranças que descortino
Meninice, adolescência
Com toda aquiescência
Sentimentos submersos
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.
(Carlos Marcos Faustino)
Eu
também já me animava
Quando
menina, recordo.
Amava
livrinhos, acordos
De
fantasias, estudava...
Lúdico
tempo pairava
No
tempo de obediência.
Corro
mundos, dissidências.
Ando em
planos dispersos,
Deixo
pro mundo em meus versos,
Provas
da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly
No fim da minha geração
nem lembrarão mais de mim
pode ser que seja assim,
talvez possa ser que não.
Se a mim fizerem uma menção
por mácula ou por reverência
sinais que minhas reticências
sobreviveram ao adverso...
deixo pro mundo em meus versos,
provas da minha existência.
(Beto Acioli)
Viver aqui neste plano
Requer ter sabedoria
Pra dança de todo dia
O mundo está leviano
Tanto pensamento insano
Oh! Deus quanta incoerência
Parto com antecedência
Indo pra outro universo
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.
Requer ter sabedoria
Pra dança de todo dia
O mundo está leviano
Tanto pensamento insano
Oh! Deus quanta incoerência
Parto com antecedência
Indo pra outro universo
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.
(Carlos Marcos Faustino)
O
mundo, terra selvagem,
Tão
cheio de artifícios,
É lugar
de sacrifícios,
Crianças
mortas, visagem,
Sem chance
caem, voragem...
Poesia
em abstinência
Das
cores, da opulência.
Em dias
tão controversos,
Deixo
pro mundo em meus versos,
Provas
da minha existência.
(Ana
Cynthia Acioly)
Viver
com pressa e prudência
não há
sapiência maior
sem
pudor, com consciência
(lembrando
o Ilustre Belchior)
Quero
da vida o melhor
não dou
valor à aparência
sou
fiel à minha essência
quem
lê-me, vê o meu reverso...
deixo
pro mundo em meus versos
provas
da minha existência.
(Beto Acioli)
Nos ecos desta quietude
A voz calada me assusta
Qual Punhal sangra e amputa
Os sonhos de juventude
Repletos de angelitude
Definhando em consequência
Morro por antecedência
Dos meus momentos incertos
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.
(Carlos
Marcos Faustino)
Desejo, sim, ser lembrada
Pelas gentes de outra era.
Nos pensares, vida vera,
Anunciando, ousada,
O amor, a dor, a cilada,
A vida, morte, ausência,
Abraços, rastros, essência.
Conjuro laços conversos!
Deixo pro mundo em meus versos,
Provas da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly)
Espalho
minhas sementes
pra que o mundo floresça
pra quando aqui pereça
meu nome não esteja ausente.
Deixo meu ar de presente
pra qu'exalem em permanência
e busquem, na florescência
os germens, de mim, aspersos
deixo pro mundo em meus versos
provas da minha existência.
pra que o mundo floresça
pra quando aqui pereça
meu nome não esteja ausente.
Deixo meu ar de presente
pra qu'exalem em permanência
e busquem, na florescência
os germens, de mim, aspersos
deixo pro mundo em meus versos
provas da minha existência.
(Beto Acioli)
A flor
que colhi um dia
Em
tempos de meninice
Embora
tanta meiguice
Desfolhou-se
por magia
Transformada
em poesia
Compensei
a sua ausência
E com
toda reverencia
Meu
sentimento introverso
Deixo
pro mundo em meus versos
Provas
da minha existência.
(Carlos Marcos Faustino)
Como peixes pequeninos
Em um lago de águas claras,
Em tal noite de tez rara,
São versos feitos destinos.
Nadam em luz, como sinos,
Anunciam a diligência,
Dos dias e sua urgência,
Que findam quês adversos.
Deixo pro mundo em meus versos,
Provas da minha existência.
(Ana Cynthia Acioly)
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência
Mesmo sem experiência
A todos com quem converso
Deixo claro que o universo
Ainda que se agradeça
Ou mesmo que se esqueça
Continua tão doente
Espalho as minhas sementes
Pra que o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Entrecortado
em soluços
por ver
que esse tempo finda
às
potestades provindas
dos
sacerdócios com embuço
à
cabeça o carapuço
dum
burro a puxar a caleça
sem
nada ter o que ofereça
além de
sermões descrentes...
espalho
as minhas sementes
pra que
o mundo floresça.
(Beto Acioli)
Névoas
acinzentadas,
Restos de perdição,
Palavras em dispersão,
Deixam poesias, coitadas,
Toscas, foscas, laceradas.
Que a flor pura permaneça,
Antes que outra erva cresça.
Planto versos, entrementes,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
Restos de perdição,
Palavras em dispersão,
Deixam poesias, coitadas,
Toscas, foscas, laceradas.
Que a flor pura permaneça,
Antes que outra erva cresça.
Planto versos, entrementes,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
Mas de amor e de amizade
Se deve povoar o mundo
São sentimentos profundos
Para o bem da humanidade
Hoje me deixa saudades
Dos tempos de
antigamente
De afetos tão ardentes
Então pra que não se esqueça
Espalho as minhas sementes
Pra que o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Deixo pro mundo em meus versos
provas da minha existência
pra quem, de amor, tem carência
pra quem na dor está imerso...
Aqui, no mundo perverso,
que a paz c'os bons sempre esteja
que os olhos da alma vejam
quão precioso é ser crente.
espalho as minhas sementes
pra que o mundo floresça.
(Beto Acioli)
Convoco
os jardineiros
Que lavram em poesia...
Arte pura, maestria:
Alcem a voz de guerreiros!
Cuidem bem de seus canteiros,
Pra que o mundo não esqueça.
Que o verbo amanheça,
Com flores de raras mentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
Que lavram em poesia...
Arte pura, maestria:
Alcem a voz de guerreiros!
Cuidem bem de seus canteiros,
Pra que o mundo não esqueça.
Que o verbo amanheça,
Com flores de raras mentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
O
progresso está abusivo
Toda
natureza implora
A
fauna, a flora:- É agora
O
momento decisivo
Dum
gesto mais intensivo
Pra
salvação do planeta
Antes
que o mal aconteça
Eu sou,
tu é veemente?
Espalho
as minhas sementes
Pra que
o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Quem crê no amor pode tudo
alcança a tudo que anseia...
Transforma um pão numa ceia
sacia a alma, sobretudo
a fé lhe vem como escudo
derrota o mal que rasteja
triunfa em qualquer peleja
se manso, brada valente...
espalho as minhas sementes
pra que o mundo floresça.
(Beto Acioli)
Andarilha, sou do mundo,
Do sol e lua sou filha.
Noturna, ando em matilha,
Margem, sou solo fecundo.
Tenho pressa, vou a fundo,
Planto paz para que cresça,
Voe plena e acresça,
Flores brancas, reluzentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
Do sol e lua sou filha.
Noturna, ando em matilha,
Margem, sou solo fecundo.
Tenho pressa, vou a fundo,
Planto paz para que cresça,
Voe plena e acresça,
Flores brancas, reluzentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
E
haverá mais paz na Terra
Quando
ela for plantada
Muito
bem fundamentada
Quando
a alma inda encerra
Ideais
que não a guerra
Quiçá o
mal amorteça
Que o
amor o reabasteça
É o meu
apelo urgente
Espalho
as minhas sementes
Pra que
o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Persigo
a serenidade
resido
em minhas teias
o sol é
minha candeia
sua
luz, minha sagacidade.
A minha
felicidade
vem do
que a alma caleja
não do
que vem de bandeja
do
ontem fiz meu presente...
Espalho
as minhas sementes
pra que
o mundo floresça.
(Beto Acioli)
Ah! Esta hodiernidade!
História de corrupção,
Negociatas à mão...
O preço da deslealdade.
Grito por conspicuidade!
Que a verdade apareça,
Para que a justiça cresça.
Soldado nas minhas frentes,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
História de corrupção,
Negociatas à mão...
O preço da deslealdade.
Grito por conspicuidade!
Que a verdade apareça,
Para que a justiça cresça.
Soldado nas minhas frentes,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
O riso de uma criança
É promessa de venturas
Os filhos são as pinturas
Quadros de nossas lembranças
Que deixamos por herança
Por isso a Deus agradeça
Antes que a vida adormeça
Eu sigo a estrada contente
Espalho as minhas sementes
Pra que o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Se o
mundo hoje anda torto
a culpa
é da humanidade
com a
renda em desigualdade
só traz
poder para poucos
e a
tantos traz o sufoco
a fome,
um quebra cabeça
faz com
que a paz faleça
precisamos
d'algo urgente...
espalho
as minhas sementes
pra que
o mundo floresça.
(Beto Acioli)
O mundo
nesta lambança
Só nos
trará desventuras
Esta
crise não se atura
Deste
jeito esta balança
Pende
sem muita bonança
Melhor
erguer a cabeça
Antes
que o mal aconteça
Por
isso agora, urgente
Espalho
as minhas sementes
Pra que
o mundo floresça.
(Carlos Marcos Faustino)
Refrear o consumismo
talvez frene uma desgraça
talvez salve a nossa raça
ou safe o mundo do abismo
utopia ou pessimismo
ou um devaneio, que seja
o globo pro caos andeja
nossa extinção é iminente...
espalho as minhas sementes
pra que o mundo floresça.
(Beto Acioli)
Que iminente perdição
Ameaça nossa era!
O saber, o ser, a fera...
Fenece a criação.
Urge cabal decisão:
Plantar antes que emudeça
a seiva. Desapareça,
Mentes congelem latentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
Espalho
as minhas sementes
Pra que
o mundo floresça
Pra que
em tempos de colheita
Nossos
filhos sorridentes
Com
amor no peito latente
Semearão
com ternura
Nos
campos nova mistura
Que
trará mais esperança
O riso
de uma criança
É
promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Espalho
as minhas sementes
pra que
o mundo floresça
que
ideais alvoreçam
em
mentes não conscientes
para
que efetivamente
hajam
colheitas em fartura.
Creio
numa vida futura
à luz
duma nova esperança...
o riso
de uma criança
é
promessa de ventura.
(Beto Acioli)
O riso de uma criança
É promessa de ventura,
Traz à alma a mais pura
Melodia de esperança,
Enleio tal e bonança,
Que o céu aqui já começa.
Em olhos de pouca pressa,
São crianças senescentes.
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.
(Ana Cynthia Acioly)
A casa toda apagada
As janelas sem cortinas
E um luar de platina
Adentrando a madrugada
Clareando a estrada
Lençóis de linda brancura
Envolvendo com doçura
Da vida esta exuberância
O riso de uma criança
É promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Bebendo
em novas fontes
trilhando
noutros caminhos
nunca
estaremos sozinhos
na
busca d`outro horizonte
a luta
segue adiante
com fé,
afã e bravura
com
aqueles de alma pura
façamos
nossa aliança...
o riso
de uma criança
é
promessa de ventura.
(Beto Acioli)
Escancaro
as janelas
Grandes,
agora revejo!
A vista
farta qu'almejo
De
girassóis sentinelas.
Dos
gritinhos que só elas
Alcançam
em aventuras.
Das
pequenas criaturas
Seja o
mundo, sem matança.
O riso
de uma criança
É
promessa de ventura.
(Ana
Cynthia Acioly)
É tanto pra ser mudado
O mundo débil transpira
A natureza delira
Crianças! Fazei do passado
Um capítulo encerrado
Crescei com desenvoltura
Mudai no povo a cultura
Sois toda a nossa esperança
O riso de uma criança
É promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Quero o novo e o belo
que o futuro seja agora
que a cada luz da aurora
me ate a um novo elo.
Aposto no olhar singelo
na inocência e ternura
onde existe a candura
é donde flui as mudanças.
o riso de uma criança
é promessa de ventura.
(Beto Acioli)
Somos
crianças de ontem
Camufladas
de adultice,
Temos
nossas meninices
Delas
as vidas se nutrem.
Por
tal, as eras resistem,
Cavalgam
heras futuras.
Em
pequenas criaturas
Reside
vera pujança.
O riso
de uma criança
É
promessa de ventura.
(Ana Cynthia Acioly)
Infância
e mocidade
Tempos
de doces lembranças
Como é
grande esta distância
Fontes
das nossas saudades
Um
álbum de felicidades
Das
nossas eternas juras
Dos
momentos de loucura
Meu
Deus que eterna fragrância
O riso
de uma criança
É
promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Dentro d’inocentes gestos
no olhar de um pequenino
há sinais de manifesto
do Santo Poder Divino.
Quero ser sempre o menino
mesmo tendo a idade adulta
estarei sempre à procura
desta bem-aventurança...
o riso de uma criança
é promessa de ventura.
(Beto Acioli)
A criança que há em mim,
Descortinada e frágil,
Brincante, corre ágil
À procura no jardim
Da brancura do alfenim.
Deseja sua doçura
Para aplacar a usura
Do mundo em desavença.
O riso de uma criança
É promessa de ventura.
(Ana Cynthia Acioly)
Com
harmonia e flores
Desejo
pintar meu mundo
Este
termo vagabundo
E
outros sem mais pudores
Que dão
aos trabalhadores
Vou
cobrir com uma tintura
Envolta
em tanta ternura
Uma
marca de esperança
O riso
de uma criança
é
promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Com
harmonia e em cores
desejo
pintar meu mundo
sonhar,
desejar profundo
da
vida, ter os seus primores
não
merecer os desfavores
d’infelizes
criaturas
que
necessitam da cura
pros
grilhões da ignorância...
o riso
de uma criança
é
promessa de ventura.
(Beto Acioli)
Quem maltrata um pequeno
Tira-lhe a vida, derrama
Seu sangue, sórdida trama.
É desalmado, obsceno,
Tem a cor de seu veneno,
Que desça à vil tortura.
Pra meninos a moldura
De proteção, esperança.
O riso de uma criança
É promessa de ventura.
(Ana Cynthia Acioly)
Em manhãs ensolaradas
Era todo esplendores
Por entremeio as flores
Borboletas encantadas
"Feito "magia de fadas
Não havia desventuras
E nem todas as amarguras
Tinham real importância
O riso de uma criança
É promessa de venturas.
(Carlos Marcos Faustino)
Vivamos
com alegria
os
nossos dias açoitados
num
mundo tão conturbado
tão
cheio de aleivosias...
que
seja arma a poesia
pra
vencer guerras futuras
que
seja a fé a armadura
vestindo
a paz, a esperança
no riso
duma criança
há
promessas de ventura
(Beto Acioli)
Deus,
em sua perfeição,
Pela
boca de Seu Cristo,
Acolheu
crianças nisto:
Seu
Reino de adoção
É delas
sem provação.
Em Seu
colo, com brandura
Afagou-lhes,
sem censura
Deu-lhes
bem-aventurança
O riso
de uma criança
É
promessa de ventura.
(Ana
Cynthia Acioly)
O riso de uma criança
É promessa de venturas
É pro mundo a eterna cura
É da paz a aliança
E do amor a herança
É tintura que em segundos
De um modo tão profundo
Dão alento as nossas dores
Com harmonia e cores
Desejo pintar meu mundo.
(Carlos Marcos Faustino)
O riso de uma criança
é promessa de ventura
magistral semeadura
retrato de exuberância.
Focado e em consonância
num investimento fecundo
um bem a cada segundo
se extinguirão maus valores...
Com harmonia e em cores
desejo pintar meu mundo.
(Beto Acioli)
Dias
sombrios já nascem
Em face
à tal trucidação,
De um
povo em inanição
Dos
direitos que fenecem.
Olhos
carentes emergem,
Nessa
tulha de desmundo.
Preciso
olhar a fundo,
Pensar
feridas e dores.
Com
harmonia e cores,
Desejo
pintar meu mundo.
(Ana Cynthia Acioly)
Com
sorrisos e com flores
Pelos
jardins semeados
Feito
dois apaixonados
Despertando
mil amores
Esses
belos coautores
Em
menos de um segundo
Vão te
tocar lá no fundo
E em
todos os arredores
Com
harmonia e cores
Desejo
pintar meu mundo.
(Carlos Marcos Faustino)
Que venha um tempo novo
de paz, amor e harmonia
com menos hipocrisia
e sem marés de estorvos
que chegue à vida o renovo
que o amor nos seja profundo
que soçobre o submundo
d'astúcias de malfeitores...
com harmonia e em cores
desejo pintar meu mundo
(Beto Acioli)
Preciso plantar o amor
Em canteiros invadidos
Que pranteiam desvalidos
Ressequidos, sem ardor
Como campos em torpor
Abraço cada segundo
Sinto o clamor mais profundo
Canto nuances de flores
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
(Ana Cynthia Acioly)
Uma
canção que assobia
parece
até pensamento
Mas
qual, é obra do vento
Que vem
lento e principia
Uma
dança, alegoria
Obra de
arte em segundos
da arte
viva de fundo
É fato!
Não são rumores
Com
harmonia e cores
Desejo
pintar meu mundo.
(Carlos Marcos Faustino)
Ter poucos,
mas bons amigos
ser generoso e paciente
ser nas borrascas presente
e sempre pronto a dar abrigo.
Não olhar só o próprio umbigo
ser humano no mais profundo
c'o amor que vem lá do fundo
sem ranços nem dissabores...
com harmonia e cores
desejo pintar meu mundo.
ser generoso e paciente
ser nas borrascas presente
e sempre pronto a dar abrigo.
Não olhar só o próprio umbigo
ser humano no mais profundo
c'o amor que vem lá do fundo
sem ranços nem dissabores...
com harmonia e cores
desejo pintar meu mundo.
(Beto Acioli)
Estratosferas de festa
Ou quintais de alegria
São do sol a alquimia,
Paragens que a Vida gesta.
Transbordo-me em floresta,
Com árvores me confundo,
Com sua seiva me fundo,
Vejo mil novos sabores.
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
(Ana Cynthia Acioly)
Se a chuva vier benfazeja
Rolar do alto da serra
Matar a sede da terra
É vida com toda certeza
Pede a Deus que te proteja
E agradeça bem do fundo
Do seu eu o mais profundo
Pelas frutas, pelas flores
Com harmonia e cores
Desejo pintar o mundo.
(Carlos Marcos Faustino
Já se
ouvem as trombetas
como o rugir dum trovão
e o homem traz em suas mãos
às cifras, suas muletas
em culturas de mutretas
que ostentam seu submundo
c'os maus que já moribundos
se findam aos estertores...
mas com harmonia e cores
desejo pintar meu mundo.
como o rugir dum trovão
e o homem traz em suas mãos
às cifras, suas muletas
em culturas de mutretas
que ostentam seu submundo
c'os maus que já moribundos
se findam aos estertores...
mas com harmonia e cores
desejo pintar meu mundo.
(Beto Acioli)
Tamborilando
os dedos
Em mesa
de harmonia,
Dispo a
monotonia,
Arvoro-me
a enredos.
Que eu
desperte vinhedos
De
amizade fecundos,
Olhos
nos olhos a fundo,
Em
festival de favores.
Com
harmonia e cores,
Desejo
pintar meu mundo.
(Ana Cynthia Acioly)
No coração vêm saudades
A alma chora por dentro
Quando em você me concentro
Nos tempos de mocidade
Penso com assiduidade
Coisas que vêm lá do fundo
São emoções que em segundos
Cerceio com muitas flores
Com harmonia e cores
Desejo pintar meu mundo.
(Carlos Marcos Faustino)
Qual nuvem a errar nos céus
e d’intempéries envolto
sou barco em mar revolto
e o meu porto é o papel...
desfilam em meu corcel
tramas do meu submundo
videiro, sou vagamundo
procuro entr’espinhos, flores...
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
(Beto Acioli)
Cabem
no abraço retinas
De semblantes atrevidos,
Que desafiam gemidos,
Deixam-se pelas esquinas,
Com girassóis por cortinas.
Desenho em dez segundos
Quadro de paz oriundo
Da vida plena, favores.
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
De semblantes atrevidos,
Que desafiam gemidos,
Deixam-se pelas esquinas,
Com girassóis por cortinas.
Desenho em dez segundos
Quadro de paz oriundo
Da vida plena, favores.
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
(Ana Cynthia Acioly)
Com
girassóis na retina
morrerei
muito enlevado
e ao
chegar noutro lado
nesta
hora tão divina
alguém
será que imagina
no seu
eu o mais profundo,
ao
menos por um segundo
que
apesar de tantas dores
Com
harmonia e cores
Desejo
pintar meu mundo.
(Carlos Marcos Faustino)
É salutar que se saiba
aonde se quer chegar
viver sem pestanejar
a história que n'alma caiba...
há mal que nos descalabra
por futuros infecundos
que traz por sopés profundos
presentes de mil bolores...
com harmonia e cores
desejo pintar meu mundo.
(Beto Acioli)
No
campo da existência,
Planeta de ilusões,
Vivemos de decisões.
As chaves da resistência.
Pressa preza paciência.
Com calma, eu não afundo,
Em mar revolto, inundo
Os dias com pormenores.
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
Planeta de ilusões,
Vivemos de decisões.
As chaves da resistência.
Pressa preza paciência.
Com calma, eu não afundo,
Em mar revolto, inundo
Os dias com pormenores.
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.
(Ana
Cynthia Acioly)
Num
barco a navegar
Vou singrando com poesia
Girassóis levo, é dia
Sou ciranda em alto-mar.
No balanço quero dar
Voltas dançantes, rores!
Poetas são vendedores
De odes. São giramundos.
Desejo pintar meu mundo
Com harmonia e cores.
Vou singrando com poesia
Girassóis levo, é dia
Sou ciranda em alto-mar.
No balanço quero dar
Voltas dançantes, rores!
Poetas são vendedores
De odes. São giramundos.
Desejo pintar meu mundo
Com harmonia e cores.
(Ana
Cynthia Acioly)
Maldita
é a ganância
do
homem que explora homem
que
gera miséria e fome
violências
e discrepâncias...
talvez
por ignorância
se
prendam ao mal que perdura
e a
isso se urge a cura
numa
nova filosofia:
que
seja arma a poesia
pra
vencer guerras futuras.
(Beto Acioli)
Só
campos de girassóis
Algodoal,
nuvens brancas
No mar
as mais calmas ondas
Debaixo
dos meus lençóis
Lá fora
vindo dois sóis
Um de
realidades duras
Sem
sonhos e só agruras
Mas há
de chegar um dia
Que
seja a arma a poesia
Pra
vencer guerras futuras.
(Carlos Marcos Faustino)
Espalho minhas sementes
Pra o mundo ver em flor
Quero ramos de amor
Vida em palavra corrente
Que esta planta nascente
Floresça com valentia
Seja pulsante magia
Bosque de toda candura
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
(Ana Cynthia Acioly)
Não existe um mal que vença
quando se tem persistência
quando se tem consciência
daquilo que a gente pensa
façamos dessa sentença
com luz, com sabedoria
montemos uma artilharia
com escritas e com leituras
pra vencer guerras futuras
que seja arma a poesia...
(Beto Acioli)
Um
exército de rimas
Pro futuro
delineada
Nas
trincheiras das palavras
Entrelinhas
paz ensina
Sem ser
uma obra-prima
Feitos
com muita ternura
Pra
acabar com desventuras
Objetivando
um dia
Que
seja arma a poesia
Pra
vencer guerras futuras
(Carlos
Marcos Faustino)
Disputas
inconsequentes
Das eras tortura vil
Assolam povo gentil
De reinos, terras nascentes.
Prossigamos convergentes
Escrevendo alforria
Em pensares, elegias.
Juntemos as armaduras
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
Das eras tortura vil
Assolam povo gentil
De reinos, terras nascentes.
Prossigamos convergentes
Escrevendo alforria
Em pensares, elegias.
Juntemos as armaduras
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
(Ana Cynthia Acioly)
Triunfar em quaisquer combates
que soe qual profecia
façamos uma parceria
junto aos poetas e vates...
como água mole que bate
à pedra dura que fura
sigamos c'o essa postura
nutrindo essa teimosia
que seja arma a poesia
a vencer guerras futuras.
(Beto Acioli)
Com girassóis nas retinas
e por vontade iludido
sorrisos soltos, incontidos
a permearem minha sina.
À mente crua, oficina
a funcionar noite e dia
nem sempre a compor elegias
que versem dor e amargura...
pra vencer guerras futuras
que seja arma a poesia.
(Beto Acioli)
Espadachins
no passado
Lanças,
cavalos e bigas
O homem
inda cria intrigas
De
vidas tem se apossado
O
espaço já dominado
Espalha
no mundo agruras
Enquanto
houver armaduras
Não se
efetiva a magia
Que
seja arma a poesia
Pra
vencer guerras futuras.
(Carlos
Marcos Faustino)
Amantes
da lua cheia
Vigias da noite clara
Rebuscam sentenças raras
Que o brilho lunar margeia.
Exalem vida à Pangeia
São sonhadores, fé pia
Pra um mundo em orgia
Trovas em trincheiras puras.
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
Vigias da noite clara
Rebuscam sentenças raras
Que o brilho lunar margeia.
Exalem vida à Pangeia
São sonhadores, fé pia
Pra um mundo em orgia
Trovas em trincheiras puras.
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
(Ana Cynthia Acioly)
Que a paz reine com abastanças
nos desejos mais profundos
e urja esse novo mundo
que brote nova esperança
com o riso duma criança
que é promessa de ventura
c'o amor que vem d'alma pura
com a luz que ele irradia...
que seja arma a poesia
pra vencer guerras futuras.
(Beto Acioli)
Voz que canta uma cantiga
Pra embalar uma criança
Quando vem intemperança
Às vezes parte pra briga
Escravo de alguma intriga
Alguém que se desestrutura
Nesta postura imatura
Abençoa Deus um dia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
Pra embalar uma criança
Quando vem intemperança
Às vezes parte pra briga
Escravo de alguma intriga
Alguém que se desestrutura
Nesta postura imatura
Abençoa Deus um dia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
(Carlos Marcos Faustino)
Poetas
empunham versos
Nascidos em sua fronte
Despejam seus horizontes
Letras bordam seus avessos.
Enfrentam vilões travessos
Dados à descompostura
Em guerra contra leitura
Morte da sabedoria.
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
Nascidos em sua fronte
Despejam seus horizontes
Letras bordam seus avessos.
Enfrentam vilões travessos
Dados à descompostura
Em guerra contra leitura
Morte da sabedoria.
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
(Ana Cynthia Acioly)
O
menino que ainda habita
todo
meu jeito de ser
e
faz-me n'alma crescer
e a me
afastar de desditas...
garimpo
nele pepitas
de
gemas raras e puras
é assim
qu'ele me depura
e me
purga d'arrelias...
que
seja arma a poesia
pra
vencer guerras futuras.
(Beto Acioli)
Cansei de tanta contenda
Da língua se esvai o fel
Transfigurado no mel
Que engana sem que se entenda
A desvairada emenda
Desta atitude imatura
Em tempos de escravatura
Façamos a travessia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
Da língua se esvai o fel
Transfigurado no mel
Que engana sem que se entenda
A desvairada emenda
Desta atitude imatura
Em tempos de escravatura
Façamos a travessia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.
(Carlos Marcos Faustino)
A criancice das horas
Que passam doidas correndo
Dias em fio desfazendo
Remontam gritos d'agora
Lufos de vida que aflora.
Seja criança a harmonia
Conquista na travessia
Barco d'amores e juras.
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
Que passam doidas correndo
Dias em fio desfazendo
Remontam gritos d'agora
Lufos de vida que aflora.
Seja criança a harmonia
Conquista na travessia
Barco d'amores e juras.
Pra vencer guerras futuras
Que seja arma a poesia.
(Ana Cynthia Acioly)
Quem
comigo está na estrada
Pode
não se aperceber
Todo
meu jeito de ser
Tracejando
a caminhada
Nessas
rimas desenhadas
Construindo
sem querer
Histórias
deste viver
E que
no coração palpita
Do
menino que inda habita
Todo
meu jeito de ser.
(Carlos Marcos Faustino)
De
tanto exalar malícia
por
fendas do mundo-cão
por
falta de compaixão
o homem
jaz na imundícia...
mas
quem guarda em si primícias
faz
todo mal dissolver
pretenso
a melhor viver
e
d’esperançoso grita
o
menino que ainda habita
todo
meu jeito de ser.
(Beto Acioli)
Em meus versos delirantes,
Frutos de meus alfarrábios,
Confabulações c'os sábios,
Versos tais beligerantes,
Minha criança arfante
Brinca ao seu livre prazer.
Com seus ditos a combater
As maldades consentidas.
É o menino que ainda habita
todo meu jeito de ser.
(Ana Cynthia Acioly)
Meu coração pulsa firme
transbordante de alegria
com essa pueril euforia
de sentimentos sublimes
não existe pecado ou crime
se, no imo, deixo morrer
o que me faz adoecer
pra ter a vida bendita
c'o menino qu'inda habita
todo meu jeito de ser...
(Beto Acioli)
Das
emoções e sorrisos
De
muito tempo atrás
Trazem-me
mais e mais
Saudades num colorido
Lindo
prazer, mas doído
Me
envolvendo sem saber
Que
posso tornar a crer
Que
inda é minha aquela vida
Do
menino que inda habita
Todo
meu jeito de ser.
(Carlos Marcos Faustino
Sou
fiel à minha essência
quem
lê-me, vê o meu reverso
e que
há verdade em meus versos
que
imersos em incontinências
revelam
inobediências
sem a
ninguém contender...
e sem
dar o braço a torcer
verso
só o que a vida dita
c'o
menino qu'inda habita
todo
meu jeito de ser...
(Beto Acioli)
Na inocência das crianças,
Seus trejeitos inteiriços,
Nos seus olhos de viço
Não canso a esperança.
Vejo neles a abastança.
Meu ser criança me vê
Um crente no renascer.
Que aos quatro cantos grita,
É o menino que ainda habita
Todo meu jeito de ser.
(Ana Cynthia Acioly)
Tento contar os meus dias
Negociando arremedos
Aspergindo meus segredos
Sobre a minha poesia.
Versos faço à revelia
Verbos que se possa ler
Verso sem ter nem porque
Sou voz que canta e grita.
É o menino qu'inda habita
Todo meu jeito de ser.
Negociando arremedos
Aspergindo meus segredos
Sobre a minha poesia.
Versos faço à revelia
Verbos que se possa ler
Verso sem ter nem porque
Sou voz que canta e grita.
É o menino qu'inda habita
Todo meu jeito de ser.
(Ana Cynthia Acioly)
Posso
ter brancos cabelos
Nos
poucos fios que inda tenho
E se
achas que eu venho
Com
cautela e muito zelo
Justificar-me
com esmero
Engana-se,
posso dizer
Eu
quero te absolver
Dou-te
esta luz que palpita
Do
menino que inda habita
Todo
meu jeito de ser.
(Carlos Marcos Faustino)
Quem
vacila carangueja
c’o
sangue frio nas correntes
e é tão
subserviente
como
réptil que rasteja...
Encaro qualquer
peleja
não
dando a vida a tolher
invisto
mais em colher
o que
minh'alma acredita
c'o
menino qu'inda habita
todo
meu jeito de ser...
(Beto Acioli)
Espalho minhas sementes
Pr'o caminho colorir
Ver a saudade partir
Namoro versos nascentes
Planto rimas complacentes
Pra meus ecos refazer
Existo assim, meu querer
Ascende rente, incita
É o menino qu'inda habita
Todo meu jeito de ser.
Pr'o caminho colorir
Ver a saudade partir
Namoro versos nascentes
Planto rimas complacentes
Pra meus ecos refazer
Existo assim, meu querer
Ascende rente, incita
É o menino qu'inda habita
Todo meu jeito de ser.
(Ana Cynthia Acioly)
Estou à mercê das horas
Caminho mesmo sorriso
Seguindo em passos precisos
O tempo me leva embora
Por que você ignora
Meu medo de te perder
O fogo de te querer
Algo lá dentro que agita
O menino que inda habita
Todo meu jeito de ser.
Caminho mesmo sorriso
Seguindo em passos precisos
O tempo me leva embora
Por que você ignora
Meu medo de te perder
O fogo de te querer
Algo lá dentro que agita
O menino que inda habita
Todo meu jeito de ser.
(Carlos Marcos Faustino)
De mim
sempre peregrino
na
busca de me encontrar
teimando
em perambular
sem nem
saber qual destino...
com
todo fervor me afino
à ideia
de me entender
a assim
tais grilhões romper
à luz
que, a viver, me incita
c'o
menino qu'inda habita
todo
meu jeito de ser...
(Beto Acioli)
ESPAÇO PARA CYNTHIA (1)
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
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xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx,
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
o menino qu'inda habita
o menino qu'inda habita
todo meu jeito de ser.
(Ana Cynthia Acioly)
Escriba, sou ventania
sou rio a romper represas
sou poço sem luz acesa
marés d'amar, maresias
sou, no anverso, poesia
meu tempo-inferno é céu
se inverno sou macaréu
jorrando meus Eus, ressolto
sou barco em mar revolto
e o meu porto é o papel...
(Beto Acioli)
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é papel
Pensamentos, meu cinzel
Deixo assim tudo tão solto
Mas ainda assim envolto
Nessas trilhas do teu céu
“De versos eterno véu”
Por isso é que te digo
Pasmei, pasmei meu amigo
Pra você tiro o chapéu.
(Carlos Marcos Faustino)
Moro
num mar de humores,
Balanço
de mil marolas,
Anseios,
enleios, trolas...
Minhas
velas, meus valores.
Sou
navegante de amores.
Aventureira
ao léu,
Entre
epopeia e cordel,
Em
águas fundas me solto!
Sou
barco em mar revolto,
E o meu
porto é o papel.
(Ana Cynthia Acioly)
Se o
tempo é de rebuliço
qual
reações de vulcão
com
lavas fundindo chãos
brotando
humor movediço...
se os
olhos de alagadiços
espelham
que agora é fel
extirpo,
da alma, o véu
e fugo
pro meu acouto...
Sou
barco em mar revolto
e o meu
porto é o papel.
(Beto Acioli)
Olvida meus versos, olvida
Se isso te faz sentido
Rimas que trago comigo
Na inspiração que me dita
Em poesias escritas
Parece virem do céu
Em sonetos ou cordel
Se isso não me faz morto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é o papel.
(Carlos Marcos Faustino)
Observando o horizonte,
A linha do céu e mar,
Escrevo a contemplar
A calma deste instante.
Nessa vida inconstante,
Agora e assim faço céu.
Depois passo qual corcel,
Farto-me de tudo e volto.
Sou barco em mar revolto,
E o meu porto é o papel.
(Ana Cynthia Acioly)
Sertão,
sou de solo agreste
que nas
intempéries medra
qual
rama brota entre pedras
alma de
viés rupestre
bicho
de tantos estrepes
depredador
de escarcéus
sem
mais sintomas de réu
mas
que, de paz, segue envolto...
sou
barco em mar revolto
e o meu
porto é o papel...
(Beto Acioli)
À
parte, estive posposto
Neste
celeiro que habito
Divaguei
rosto constrito
Na alma
o fel do desgosto
Com todo meu eu exposto
E nos ombros meu farnel
Vou
deixando esse quartel
Já que
não fui absolto
Sou
barco em mar revolto
E meu
porto é papel.
(Carlos Marcos Faustino)
Se pisei em tempestade,
Me agarrei com os trovões,
Me embrenhei em turbilhões,
Desbravando a escuridade,
Vivo, pois, ambiguidades.
Das volições e dos céus,
Remanso de menestrel,
Das altas ondas desvolto.
Sou barco em mar revolto,
E o meu porto é o papel.
(Ana Cynthia Acioly)
O menino qu’inda habita
todo o meu jeito de ser
responde aos meus porquês,
se o adulto dói ele grita...
s’ele sente minh'alma aflita
com a mente em total tropel,
faz-se presente e fiel,
um escudeiro desenvolto...
sou barco em mar revolto
e o meu porto é o papel.
(Beto Acioli)
Da vida
a gente se apaga
E como brisa se vai
Nas asas da chuva cai
E rola e se propaga
Levando em suas águas
Lembranças nossas ao léu
Com um lembrete aos céus
Todinho em flores envolto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é o papel.
E como brisa se vai
Nas asas da chuva cai
E rola e se propaga
Levando em suas águas
Lembranças nossas ao léu
Com um lembrete aos céus
Todinho em flores envolto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é o papel.
(Carlos Marcos Faustino)
Singro
vasto oceano
De
questões e vernáculos.
Qual
barco branco engulo
Espumas
e seus arcanos.
Enleio
ditos insanos,
Rimas
em raios no céu.
Da tempestade
sou réu,
Minha
confissão escolto,
Sou
barco em mar revolto,
E o meu
porto é o papel.
(Ana Cynthia Acioly)
No afã de tornar mais flóreos
e bem luzidios meus dias
vou nutrindo de poesias
o meu bocado incorpóreo...
bebendo dos versos Cyntheos,
Faustínicos, à La Espinel
flano nos mais altos céus
c'o espírito leve e solto...
Sou barco em mar revolto
e o meu porto é o papel...
(Beto Acioli)
Nas horas que adormeço
Em minhas mágoas tropeço
Não deixo nenhum acesso
Pra que me virem do avesso
Se de mal de amor padeço
Não levo o Premio Nobel
Mas não deixo de ser réu
Destes grilhões não fui solto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é papel.
Em minhas mágoas tropeço
Não deixo nenhum acesso
Pra que me virem do avesso
Se de mal de amor padeço
Não levo o Premio Nobel
Mas não deixo de ser réu
Destes grilhões não fui solto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é papel.
(Carlos Marcos
Faustino)
ESPAÇO PARA CYNTHIA (2)
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Sou barco em mar revolto
Sou barco em mar revolto
e o meu porto é o papel...
(Ana Cynthia Acioly)
Em
picos, vales, colinas
Desferem
com seu vigor,
Golpes
de vida e dor,
Arqueiros
em suas sinas.
Espojam-se
em rapina,
Empunham
suas armas,
Rugem
os seus dramas.
Poetas
versos destilam,
Os
videiros sim desfilam,
Em seus
corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Arcanjos de priscas eras
de céus pouco constelados
n'alvores são arrebatados
pra se reencontrarem à
terra...
em línguas maldizem guerras
empunham penas em flamas
poesias de si derramam
conspirações que os instigam...
Os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas.
(Beto Acioli)
Vivo em eterno balanço
Nos dias que ainda tenho
Mas já nem sei pra que venho
Deixar ao mundo meu canto
Desnudo de todo encanto
Segue o barco com seus dramas
Ate o porto que o chama
Deixando que os outros digam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas
(Carlos Marcos Faustino)
Os
olhos são qual luzeiros
Espargem
sol e estrelas
Iluminam
nossas celas
Armas
vítreas dos arqueiros
Alma de
lestos guerreiros
No
olhar lê-se a calma
Seres
expõem dores, dramas
Amores,
guerras perfilam
Os
videiros sim desfilam,
Em seus
corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Indomáveis
cascavéis
traz'em
seus antros e corjas
palavras
moldadas à forja
na
essências dos infiéis...
enfurnados
carreteis,
que
fins infernais maquinam,
ostentam
só o que destilam...
eis sua
peçonhenta fama
Os videiros,
sim, desfilam
em seus
corcéis suas tramas.
(Beto Acioli)
Depois é fora do tempo
Estamos ficando velhos
Deixa que riam, é sério
Agora é o melhor momento
A vida não é passatempo
Esqueça todos os dramas
Sê feliz com quem tu amas
Os fracos eu sei cochilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Estamos ficando velhos
Deixa que riam, é sério
Agora é o melhor momento
A vida não é passatempo
Esqueça todos os dramas
Sê feliz com quem tu amas
Os fracos eu sei cochilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos Marcos Faustino)
Histórias que se repetem
De disputas e grilhões
Poetas tecem versões
Raças seus punhos remetem
As vidas em garras seguem
Qual verve que inflama
Envergando suas plumas
Que em séquito pululam
Os videiros sim desfilam,
Em seus corcéis suas tramas.
(Ana
Cynthia Acioly)
Vem
d’ostensivos plantéis
d'inglórias
por ambições
d’ostracismos,
pretidões
mazelas
e demais revés...
histórias
com cortes em rés
postigo
aberto ao drama
rios de
pedras e de lamas
que sem
correr se estagnam...
Os
videiros, sim, desfilam
em seus
corcéis suas tramas.
(Beto Acioli)
Silêncio
da madrugada
Agora e não depois
Venho falar de nós dois
Nesta poesia estampada
Em garranchos desenhada
Nem são lamentos, são chamas
Palavras de quem te ama
E depois disso se calam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Agora e não depois
Venho falar de nós dois
Nesta poesia estampada
Em garranchos desenhada
Nem são lamentos, são chamas
Palavras de quem te ama
E depois disso se calam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos
Marcos Faustino)
Hospedeiros de lamentos,
De conquistas e valores,
Menestréis de clangores
Somos batalhões ao vento.
Lendas vivas a barlavento,
Qual poeta que declama,
Cantamos nossos dramas.
Nossos filhos já rutilam,
Os videiros sim desfilam,
Em seus corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Exorcizando demônios
desvirginando poesias
vou reciclando energias
malhando pobres neurônios...
vou extirpando necrônios
que na vivalma inflama
pra vida voltar às chama
com céus claros que cintilam...
Os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas...
(Beto Acioli)
Quem se
importa, um sonhador
Que se
perde nos seus sonhos
Com
seus enredos bisonhos
Que
falam de tanto amor
São
flechas de caçador
Colírios
de muitas damas
Que mantém a sua fama
Por
entre dentes sibilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos
Marcos Faustino)
O
cristal estilhaçado
Qual um
coração gélido
Parte o
limite pérfido
Estanque
desfigurado
Mas não
ousa atentado
Contra
a flor viva na lama
Pois
Deus a vida reclama
Vivos
em vida cintilam
Os
videiros sim desfilam,
Em seus
corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Nada a querer senão ser
o infatigável aprendiz
ser dono do meu nariz
incoercível ao querer...
ser forro em sentir prazer
e a consumir toda chama
sem me importar com má fama
por ser o que a alma aspira...
os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas.
(Beto Acioli)
Por um fio em um segundo
Mil coisas acontecendo
Gente tão jovem morrendo
Homens caráter imundo
Querem dominar o mundo
Tudo, tudo se inflama
Crescem nossos melodramas
Mesmo tendo os que vacilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Mil coisas acontecendo
Gente tão jovem morrendo
Homens caráter imundo
Querem dominar o mundo
Tudo, tudo se inflama
Crescem nossos melodramas
Mesmo tendo os que vacilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos Marcos
Faustino)
Vejo
reis e seus reinados.
Vejo
seus territórios,
Em
jogos por si inglórios.
Frontes
pelos brios marcados,
Troféus
inférteis suados.
É vida
que faz-se fama,
Os
louros crescem em rama,
Por façanhas
que mutilam.
Os
videiros sim desfilam,
Em seus
corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Não
existe em ser malsofrido
medranças de dor latente
ocultos ranger de dentes
nem soluços suprimidos...
Não existe o quê reprimido
de vida que, em si, desrama
ou que se enraíza à lama
nem ventos maus que sibilam...
os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas.
medranças de dor latente
ocultos ranger de dentes
nem soluços suprimidos...
Não existe o quê reprimido
de vida que, em si, desrama
ou que se enraíza à lama
nem ventos maus que sibilam...
os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas.
(Beto
Acioli)
Voa doce passarinho
Pra outro rincão distante
Meu coração hesitante
Vai se achegar bem quietinho
Em seus sonhos de mansinho
Desperta não, quem te chama
Por qualquer coisa barganha
Ter você, mesmo que digam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Pra outro rincão distante
Meu coração hesitante
Vai se achegar bem quietinho
Em seus sonhos de mansinho
Desperta não, quem te chama
Por qualquer coisa barganha
Ter você, mesmo que digam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos Marcos
Faustino)
Redemoinhos de agoras,
Novelinhos de percursos,
São galanteios intrusos,
Aos aceiros da diáspora.
Alegações d'uma víbora
Que de tempo se chama,
Que faz sem dó duras camas.
Resistindo inda marcham.
Os videiros sim desfilam,
Em seus corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Poetas
são luminares
curandeiros
de energias
purgatórios
de avarias
e
doutos em linguajares...
mitigantes
em seus pesares
são
geradores de flamas
transformadores
de dramas
que
azafameiros os estilam...
os
videiros, sim, desfilam
em seus
corcéis suas tramas.
(Beto
Acioli)
O
Passado é esquecido
Incerto é o futuro
Que haverá após o muro
Do presente concebido
A cada instante vivido
A morte eu sei que enganas
Dizem pessoas insanas
Pra aqueles que se estrilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Incerto é o futuro
Que haverá após o muro
Do presente concebido
A cada instante vivido
A morte eu sei que enganas
Dizem pessoas insanas
Pra aqueles que se estrilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos
Marcos Faustino)
Os poetas são viveiros
Da sua inspiração.
Acolhem em sucessão
Fios de motes veredeiros.
São loucos mensageiros
Da vida, morte os dramas,
D'amor q'em si cria ramas.
Poetas por si compilam.
Os videiros sim desfilam,
Em seus corcéis suas tramas.
(Ana Cynthia Acioly)
Na vida que se aligeira
e açora satisfações
embora desconstruções
a deixe aquém de canseiras...
andor sempre de traseiras
seguindo a infeliz boiama
vivendo qual melodrama
d'esperas que se aniquilam...
os videiros, sim, desfilam
em seus corcéis suas tramas.
(Beto Acioli)
Numa
mágica cadência
Como os versos de um poema
Viver: Viver vale a pena
Pra que tanta abstinência
Já vai longe a adolescência
Nem sei por que te inflamas
Temos outros cronogramas
Nem todos se aniquilam
Os videiros sim destilam
Em seus corcéis suas tramas
Como os versos de um poema
Viver: Viver vale a pena
Pra que tanta abstinência
Já vai longe a adolescência
Nem sei por que te inflamas
Temos outros cronogramas
Nem todos se aniquilam
Os videiros sim destilam
Em seus corcéis suas tramas
Seus
olhos tem um sorriso
Nunca feche estas janelas
A Luz que fluem por elas
Elevam-me ao Paraíso
Desfaleço, me eternizo
Ouça minha voz que te chama
Vem a mim! Oh doce dama
Esqueça quem nos destilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
Nunca feche estas janelas
A Luz que fluem por elas
Elevam-me ao Paraíso
Desfaleço, me eternizo
Ouça minha voz que te chama
Vem a mim! Oh doce dama
Esqueça quem nos destilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.
(Carlos
Marcos Faustino)
Poetas
são quais tenazes
Em
labaredas ardentes.
Antigos
incandescentes
Desde
os mundos primazes.
Dotados
d'olhos sagazes,
Almas
livres borboletas,
Poetas
talham facetas,
São
conluios de retinas.
Os
colóquios de esquina,
Ebriedade
dos poetas.
(Ana Cynthia Acioly)
O orbe é mesa de bar
constelada de amigos
conexões de abrigos
numa permuta salutar.
Aonde se quer chegar
a noite é porta aberta
e prosas francas são setas
caminhos e lamparinas...
Os colóquios de esquina
ebriedade dos poetas.
(Beto Acioli)
As vozes são piruetas
De risos todas vestidas
Tristezas adormecidas
Numa mesma silhueta
Os problemas na gaveta
Tudo isso se aquieta
A Lua observa inquieta
A cena que lhe alucina
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas
De risos todas vestidas
Tristezas adormecidas
Numa mesma silhueta
Os problemas na gaveta
Tudo isso se aquieta
A Lua observa inquieta
A cena que lhe alucina
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas
(Carlos Marcos Faustino)
A
cidade amanhece,
Como
iguaria o café.
Jornada
que urge em fé,
É uma
noite que fenece.
Poesia
que recrudesce,
Noite
nave dos poetas,
Tecendo
seus poemetas,
Quais
estrelas matutinas.
Os
colóquios de esquina,
Ebriedade
dos poetas.
(Ana Cynthia Acioly)
Boemia
é comunhão
na mais
plena acracia
melopeias
e poesias
das
ledices, gestação.
Cada
chegado é um irmão
que
traz no abraço que oferta
histórias
e descobertas
do
mundo que se matina...
Os
colóquios de esquina
ebriedade
dos poetas.
(Beto Acioli)
Noites nem só borboletas
Aquelas carmim no riso
Alçam voos indecisos
Com suas historietas
Versos feito operetas
Eles mostram mil facetas
A mim não são indiscretas
Não sei por que te amofinas
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
Aquelas carmim no riso
Alçam voos indecisos
Com suas historietas
Versos feito operetas
Eles mostram mil facetas
A mim não são indiscretas
Não sei por que te amofinas
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
(Carlos Marcos
Faustino)
Lunática lua apela
A menestréis passantes,
Que deixem os seus farfantes,
Versem um conto pra ela.
Ela pede uma aquarela,
Eles rimam em facetas,
As trovas dão piruetas,
Ajuntamento traquina.
Os colóquios de esquina,
Ebriedade dos poetas.
(Ana Cynthia Acioly)
Poesia
é ter pôr do sol
cariz
em vermelhidão
ver a
vida como embrião
c'o
vésper no arrebol
e a lua
tal qual farol
no
anoitecer que desperta
sereno
sugerir festa
na
madrugada em surdina...
os
colóquios de esquina
ebriedade
dos poetas.
(Beto Acioli)
Nem só
o luar lá fora
Serestas na madrugada
Turvo olhar, alma lavada
À mercê dos bota-foras
Estenda a mão, não é hora?
Antes que a vida os remeta
Ali aos pés da sarjeta
Tem gente que abomina
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
Serestas na madrugada
Turvo olhar, alma lavada
À mercê dos bota-foras
Estenda a mão, não é hora?
Antes que a vida os remeta
Ali aos pés da sarjeta
Tem gente que abomina
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
(Carlos
Marcos Faustino)
Debulhamos nossos versos
Livres, viventes, alados,
Que entregamos temperados
Para olhos controversos.
Poetas e seus avessos,
Poetas em operetas.
Sinfonia de cometas,
Vozes unas, cristalinas
Os colóquios de esquina,
Ebriedade dos poetas.
(Ana Cynthia Acioly)
Nossos versos debulhados
pão nosso de cada dia
insumos de sinergias
e, com fervores, inspirados...
víveres compartilhados
que busca o devir qual meta...
poesias é nossa ingesta
em confluções d'oficinas...
os colóquios de esquinas
ebriedade dos poetas.
(Beto Acioli)
Viola
embaixo do braço
Cai da cabeça o chapéu
Solta a voz o menestrel
No canto em descompasso
Espelham-se seus pedaços
Toda essa mágoa quieta
Duvido que não te afeta
Se quiser pode, opina!
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
Cai da cabeça o chapéu
Solta a voz o menestrel
No canto em descompasso
Espelham-se seus pedaços
Toda essa mágoa quieta
Duvido que não te afeta
Se quiser pode, opina!
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas.
(Carlos
Marcos Faustino)
Meus
versos não são tão belos
Quão
simples é meu pensar
Pululam
sem almejar
Serem
tão lindos castelos
Nascem
sem muito atropelos
E
querem ser poesia
Mesmo
sem ter a magia
São como
simples botecos
Que
florescem pelos becos
No
anoitecer dos meus dias
(Carlos Marcos Faustino)
Querer ser bicho do mato
pra mim, faz total sentido
ser desse antro excluído
por regras que não me engato
a igualdade, de fato
só existe como utopia
não vivo às alegorias
de mundos que só me perco
que florescem pelos becos
no anoitecer dos meus dias.
pra mim, faz total sentido
ser desse antro excluído
por regras que não me engato
a igualdade, de fato
só existe como utopia
não vivo às alegorias
de mundos que só me perco
que florescem pelos becos
no anoitecer dos meus dias.
(Beto Acioli)
Inspiração é o nudismo
Do ser inteiro de alguém.
É o desfolhar muito além
Do meu impressionismo.
C'o toque de simbolismo,
Realismo d'anarquia,
Meu pudor da mente fria,
Quando falam-me os ecos.
Que florescem pelos becos,
No anoitecer dos meus dias.
(Ana Cynthia Acioly)
Como se
fora uma dança
Dos
alforjes da minha alma
Tudo
que agora se espalma
Afora
tantas mudanças
Lembranças, lembranças tantas
Em
tempos de boemia
Seus
versos, quanta mestria
Inda se
ouvem os ecos
Que
florescem pelos becos
No
anoitecer dos meus dias.
(Carlos Marcos Faustino)
Adentro
dos labirintos
a alma
em soledade
perambula
à frialdade
aversa
ao próprio instinto
neste
insalubre recinto
há
berços de nostalgias
mas
qu'inda brotam poesias
do imo
angusto e seco
e
florescem pelos becos
no
anoitecer dos meus dias.
(Beto Acioli)
Floreando o arvoredo
Passarinhando o céu
Tenho doces, tenho mel
Versos, rimas e enredos
Arquiteta de arremedos
Sobrevoo as arcádias
Transcrevo-as em fatias
Levo meus grãos ecléticos
Que florescem pelos becos,
No anoitecer dos meus dias.
(Ana Cynthia Acioly)
Em minha vida, sementes
Fui plantando nos caminhos
Colhendo abrolhos, espinhos,
Fui crescendo, adolescente
Quase adulto, quase gente
Em tempos de alforria
Encontrei na alquimia
Explicações destes ecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias.
Fui plantando nos caminhos
Colhendo abrolhos, espinhos,
Fui crescendo, adolescente
Quase adulto, quase gente
Em tempos de alforria
Encontrei na alquimia
Explicações destes ecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias.
(Carlos Marcos
Faustino)
Por rasteiros
alicerces
progridem
falhos caminhos
d'alheios
afãs mesquinhos
mas
sôfregos de benesses...
adiante,
se estabelece
no
caos, a desarmonia
facetas
em assimetrias
e vis
frutos rabissecos...
que
florescem pelos becos
no
anoitecer dos meus dias.
(Beto Acioli)
Dos
meus jardins assombrados
Colho
flores de tons frios.
Guardo
espinhos luzidios,
Levo
nas mãos meu passado.
Meu
jardim segue fechado,
Tem
aroma de agonias,
De
flores murchas tardias.
Com
rimas em galhos secos,
Que
florescem pelos becos,
No
anoitecer dos meus dias.
(Ana Cynthia Acioly)
Eu quis fazer um poema
Daqueles das boemias
Que rolam dia após dia
Os bares, fundo de cena
Atitudes obscenas
Pensei se eu versaria
Sussurros e zombarias
De bêbados e outros trecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias.
Daqueles das boemias
Que rolam dia após dia
Os bares, fundo de cena
Atitudes obscenas
Pensei se eu versaria
Sussurros e zombarias
De bêbados e outros trecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias.
(Carlos Marcos
Faustino)
Afora essa absonância
aguda que me consome
e a ignorância carcome
vacando minha cachimônia...
maquina em inoperância
e tergiversa arredia
na insegurança qu'é
o guia
e construtora de cercos...
que florescem pelos becos
no anoitecer dos meus dias.
(Beto
Acioli)
Vejo
corpos esculpidos
Estátuas
magras, pálidas
Vejo
almas esquálidas
Viventes
indefinidos
Desfio
verbos foragidos
Arvoro-me
numa cria
De
lamento, empatia
Gesto
versos quase secos
Que
florescem pelos becos,
No
anoitecer dos meus dias.
(Ana Cynthia Acioly)
http://dialogosautoresdiversos.blogspot.com.br
Magistral momento esse encontro poético
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